O grupo Hamas elevou a tensão no conflito em curso ao ameaçar a vida do refém israelense Matan Zangauker. A declaração, divulgada neste sábado, 7, pelo porta-voz militar do grupo, Abu Obeida, surge em meio a intensas operações das Forças de Defesa de Israel (FDI) na região onde Zangauker está detido.
Obeida, utilizando o Telegram, alertou sobre o risco iminente à vida do refém caso as ações militares israelenses persistam. “As forças de ocupação estão cercando um local onde está detido o prisioneiro sionista ‘Matan Zangauker'”, declarou o porta-voz, sinalizando uma possível escalada na já volátil situação.
A ameaça explicita do Hamas ressalta a fragilidade da vida dos reféns em poder do grupo, mantidos em cativeiro há um ano e oito meses. O grupo terrorista responsabiliza as FDI por qualquer desfecho fatal durante tentativas de resgate, alegando ter preservado a vida de Zangauker até o momento.
As FDI, por sua vez, negaram estar conduzindo qualquer operação específica de resgate de Matan Zangauker no presente momento. A resposta das forças israelenses contrasta com o histórico recente do Hamas, que já executou reféns em situações semelhantes, como em maio do ano passado, quando seis israelenses foram mortos.
Naquela ocasião, o Hamas justificou as execuções como retaliação a ações militares das FDI próximas aos locais de cativeiro, com os corpos sendo posteriormente encontrados em túneis em Rafah. Abu Obeida culpou o governo de Netanyahu e o exército israelense pelas mortes, acusando-os de bloquear acordos de troca de prisioneiros e bombardear diretamente os reféns.
O incidente em Nuseirat, que culminou no resgate de quatro reféns israelenses, parece ter influenciado a postura do Hamas em relação aos demais cativos. “Depois do incidente em Nuseirat, novas instruções foram dadas aos Mujahideen encarregados de proteger os prisioneiros”, revelou Obeida, indicando uma possível mudança nas táticas do grupo.
A operação em Nuseirat, que resultou na libertação de Noa Argamani, Andrey Kozlov, Almog Meir Jan e Shlomi Ziv, teve um alto custo, com relatos de dezenas de mortes. A escalada retórica e as ameaças do Hamas intensificam a preocupação com a segurança dos reféns restantes e a busca por uma resolução pacífica do conflito.
Fonte: http://revistaoeste.com