Um protesto contra operações de imigração no centro de Los Angeles terminou em confronto na última sexta-feira (6), com a polícia utilizando bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. A ação ocorreu após a prisão de dezenas de pessoas por agentes federais, incluindo David Huerta, importante líder sindical, intensificando a tensão na cidade.
A polícia declarou as manifestações como ilegais e emitiu um alerta tático em toda a cidade. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram policiais equipados com escudos, cassetetes e armas de choque, lançando bombas de fumaça contra a multidão, enquanto manifestantes gritavam palavras de ordem como “Libertem todos” e exibiam cartazes contra as deportações.
As prisões realizadas pelos agentes federais de imigração, que cumpriram mandados de busca em três locais diferentes, ocorreram em meio a uma crescente repressão à imigração promovida pelo governo Trump. A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, classificou as operações como “caos total”, alegando que não foi informada previamente sobre as ações.
Segundo o procurador dos EUA para o Distrito Central da Califórnia, Bill Essayli, David Huerta, presidente do sindicato SEIU California, foi preso por supostamente obstruir o acesso dos agentes a um local de trabalho. “Deixe-me ser claro: não me importa quem você seja — se você impedir agentes federais, será preso e processado”, afirmou Essayli.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou as ações federais, descrevendo-as como “tão imprudentes quanto cruéis” e acusando o governo Trump de promover o caos e corroer a confiança nas comunidades. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) também se manifestou, pedindo que as autoridades locais tomem medidas para interromper as operações.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
