Mesmo em meio a alegações de fuga do país, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) continuou a participar ativamente das votações na Câmara dos Deputados. Informações obtidas pelo Metrópoles indicam que, após sua saída do Brasil em 25 de maio, a parlamentar registrou presença e votou em cinco sessões realizadas entre 26 de maio e 2 de junho.
Os registros de votação levantaram questionamentos, especialmente considerando que algumas dessas sessões ocorreram de forma presencial. No entanto, a Câmara dos Deputados esclareceu que Zambelli estava em licença para tratamento de saúde (LTS) entre 20 e 30 de maio, o que lhe permitia votar remotamente através do aplicativo Infoleg.
De acordo com a nota oficial da Câmara, “A deputada Carla Zambelli estava de licença para tratamento de saúde (LTS) dos dias 20 a 30 de maio. Nesses dias, em caso de sessões presenciais, o parlamentar em LTS pode marcar presença e votar de forma remota, por meio do aplicativo Infoleg”. Apesar da justificativa, a situação levanta debates sobre a legitimidade da participação remota em meio a circunstâncias controversas.
Zambelli confirmou sua ausência do país apenas em 3 de junho, alegando busca por tratamento médico na Europa, aproveitando sua cidadania europeia. A Câmara dos Deputados oficializou sua licença por 127 dias em 5 de junho.
A situação de Zambelli se agrava após sua condenação pelo STF a 10 anos de prisão e perda de mandato, decorrente de seu envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Atualmente, ela é alvo de um mandado de prisão preventiva e foi incluída na lista de procurados da Interpol, com o ministro Alexandre de Moraes apontando sua saída do país como tentativa de fuga da lei.
Fonte: http://www.metropoles.com