O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, durante a abertura da terceira Conferência da ONU sobre os Oceanos em Nice, França, um robusto pacote de sete compromissos voluntários voltados à proteção de áreas marinhas brasileiras. A iniciativa reforça o papel do Brasil na agenda global de conservação oceânica e alinha o país com as metas internacionais de biodiversidade.
Em seu discurso, Lula destacou que o Brasil não apenas manterá seu compromisso de zerar o desmatamento até 2030, mas também ampliará a cobertura de áreas marinhas protegidas de 26% para 30%. “Também implementaremos programas dedicados à preservação dos manguezais e dos recifes de corais e estamos formulando uma estratégia nacional contra a poluição por plásticos no oceano”, afirmou o presidente, sinalizando uma abordagem abrangente para a saúde dos oceanos.
O governo brasileiro planeja implementar um sistema inédito de planejamento espacial marinho, visando otimizar o uso do oceano de forma sustentável, considerando tanto os impactos ambientais quanto os valiosos serviços ecossistêmicos que ele proporciona. Paralelamente, serão intensificados os esforços para promover a pesca sustentável e combater atividades ilícitas que representam ameaças à atividade pesqueira.
Para fortalecer a base científica das ações de conservação, o Brasil investirá em um Sistema Integrado de Monitoramento para a coleta de dados científicos e continuará a apoiar a pesquisa por meio da Estação Comandante Ferraz na Antártida. Além disso, o país busca liderar a educação ambiental marinha, como pioneiro na inclusão da cultura oceânica nos programas escolares, qualificando professores para o ensino do chamado “Currículo Azul”.
“Em 2025, teremos o maior número de Escolas Azuis no mundo, reunindo 515 estabelecimentos de ensino, 160 mil estudantes e 2.600 professores”, anunciou Lula, demonstrando o compromisso do Brasil em formar uma nova geração de cidadãos conscientes da importância da preservação dos oceanos.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br