terça-feira, junho 10, 2025

Cid Afirma que Relatório da Defesa Sobre Eleições Foi um ‘Meio-Termo’ Entre Conclusão Técnica e Desejo de Bolsonaro

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O tenente-coronel Mauro Cid declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o relatório do Ministério da Defesa sobre a lisura das eleições de 2022 representou um compromisso entre as conclusões técnicas da pasta e as expectativas do então presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi dada durante depoimento na ação penal que investiga a suposta tentativa de golpe.

Cid, que depôs na condição de réu, explicou que o relatório final, elaborado após a conclusão do pleito pelas Forças Armadas, não apontou fraudes, mas levantou ressalvas sobre a segurança do sistema eleitoral. “O presidente (Bolsonaro) entendia que a conclusão tinha que ser mais dura, apontando que poderia ter ocorrido fraude”, relatou Cid, indicando a pressão para que o documento fosse mais incisivo.

Segundo o ex-ajudante de ordens, o relatório original do Ministério da Defesa, então sob o comando de Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, apresentava uma análise “com uma conclusão muito mais técnica”. No entanto, a versão final refletiu um equilíbrio, não atendendo integralmente nem às expectativas de Bolsonaro nem à análise inicial da Defesa. “E, no final, saiu como um meio-termo”, confirmou Cid.

Essa nova declaração de Cid ocorre em meio a uma série de mudanças em seus depoimentos desde que firmou acordo de delação premiada em 2023. O STF iniciou nesta segunda-feira os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo crucial” da ação penal sobre a tentativa de golpe, com o objetivo de esclarecer os eventos que se seguiram à eleição de 2022.

A Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Flávio Dino, reservou toda a semana para ouvir os oito réus envolvidos, incluindo figuras como Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Jair Bolsonaro, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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