Cansado do jejum intermitente tradicional? A Dieta Imitadora do Jejum (DIJ) surge como uma alternativa promissora, oferecendo os benefícios metabólicos do jejum sem a necessidade de longos períodos de abstinência alimentar. Este protocolo restritivo, realizado por alguns dias, foca na redução calórica, baixo consumo de proteínas e carboidratos, e alta ingestão de gorduras saudáveis.
A DIJ tem como objetivo enganar o corpo, induzindo um estado similar ao jejum. Através da ativação da autofagia e da melhora da sensibilidade à insulina, busca-se otimizar o metabolismo mesmo com a ingestão de alimentos. O nutricionista Carlos Eduardo Haluch, da Uniguaçu, explica: “A proposta é simular os efeitos do jejum prolongado de forma mais segura e viável”.
Segundo a nutricionista Vanessa Costa, a DIJ é uma estratégia eficaz para quem busca um “reset” metabólico ou iniciar um processo de emagrecimento sem os rigores do jejum absoluto. Ela se mostra útil para indivíduos com dificuldade de adaptação ao jejum intermitente ou histórico de compulsão alimentar. A dieta, contudo, não é recomendada para adolescentes, atletas em treinamento intenso ou pessoas com altas demandas energéticas.
Estudos apontam que a DIJ pode reduzir a gordura visceral e melhorar indicadores como glicemia e colesterol. “Ela promove benefícios como melhora da pressão arterial, redução de inflamação e, em alguns estudos, foi associada até à redução da idade biológica”, ressalta Haluch. Os efeitos incluem, ainda, o estímulo à queima de gordura e a proteção cardiovascular.
Apesar de suas vantagens, a DIJ requer atenção. A restrição calórica pode causar efeitos colaterais como dor de cabeça e fadiga. Haluch alerta que a dieta é contraindicada para idosos frágeis, gestantes, lactantes e pessoas com doenças crônicas descompensadas. Vanessa Costa enfatiza a importância da orientação profissional, pois a DIJ pode ser arriscada para pessoas com hipoglicemia ou que utilizam certos medicamentos.
Fonte: http://www.metropoles.com