Autoridades dos Estados Unidos e da China se encontram nesta segunda-feira (9), em Londres, para realizar negociações cruciais. O objetivo principal é buscar uma solução para a crescente disputa comercial entre as duas potências econômicas, que nas últimas semanas se intensificou, estendendo-se para além das tarifas retaliatórias e alcançando controles de exportação de componentes críticos para as cadeias de suprimentos globais.
As conversas, que ocorrerão em um local ainda não divulgado na capital britânica, visam restabelecer o acordo preliminar alcançado em Genebra no mês anterior. Este acordo, mesmo que brevemente, diminuiu as tensões entre Washington e Pequim, proporcionando um alívio bem-vindo para os investidores que foram duramente atingidos pelas políticas tarifárias implementadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, desde seu retorno à Casa Branca em janeiro.
Um porta-voz do governo britânico declarou no domingo: “A próxima rodada de negociações comerciais entre os EUA e a China será realizada no Reino Unido na segunda-feira”. Acrescentou ainda: “Somos uma nação que defende o livre comércio e sempre deixamos claro que uma guerra comercial não é do interesse de ninguém, portanto, damos as boas-vindas a essas negociações.”
A delegação dos EUA será liderada por figuras-chave como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, e o representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer. Do lado chinês, o contingente será liderado pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, demonstrando a seriedade com que ambas as nações abordam estas negociações.
Esta segunda rodada de reuniões surge logo após uma conversa telefônica entre Trump e o líder chinês Xi Jinping, marcando sua primeira interação direta desde a posse de Trump em 20 de janeiro. Durante a ligação, Xi instou Trump a abandonar as medidas comerciais que têm desestabilizado a economia global e o alertou contra ações ameaçadoras em relação a Taiwan, conforme um resumo divulgado pelo governo chinês.
Em contrapartida, Trump mencionou nas redes sociais que as discussões, focadas principalmente no comércio, levaram a “uma conclusão muito positiva”, preparando o cenário para a reunião em Londres. No dia seguinte, Trump também afirmou que Xi concordou em retomar as remessas de minerais de terras raras e ímãs para os EUA, um ponto crucial de discórdia nas relações comerciais recentes.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br