segunda-feira, junho 9, 2025

PF Desmantela Rede de Tráfico Humano e Resgata Brasileira Mantida em Cativeiro Sexual em Myanmar

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A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que resultou no resgate de uma cidadã pernambucana, vítima de tráfico humano para exploração sexual em Myanmar, país do sudeste asiático. A vítima retornou ao Brasil no último domingo (8), após intensas negociações e colaboração internacional. O caso expõe a brutalidade do tráfico de pessoas e a vulnerabilidade de jovens aliciadas com falsas promessas.

Denominada “Double Key”, a operação culminou com a prisão de dois chineses no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Eles chegavam de um voo proveniente do Camboja e são apontados como peças-chave na engrenagem criminosa. Além das prisões, a PF cumpriu medidas cautelares contra uma brasileira, incluindo um mandado de busca e apreensão em sua residência na capital paulista.

As investigações revelaram que a organização criminosa, majoritariamente composta por cidadãos chineses radicados no Brasil, aliciava jovens brasileiras com promessas de empregos atrativos na região de Karen, em Myanmar. A região tem atraído investimentos em hotéis e cassinos nos últimos anos, criando uma falsa sensação de oportunidade para atrair vítimas.

A PF iniciou a operação após receber informações de que a brasileira estava sendo mantida em cárcere privado e submetida a exploração sexual em um hotel no sudeste asiático. A vítima foi incluída na lista de difusão azul da Interpol, ferramenta que possibilitou sua localização e resgate. Segundo autoridades, a colaboração internacional foi crucial para o sucesso da operação.

O local de cativeiro da vítima, próximo ao rio Moei, integra um complexo de “fábricas de golpes”, onde estrangeiros são forçados a aplicar fraudes cibernéticas em escala global. Brasileiros resgatados anteriormente do KK Park relataram rotinas de agressões, ameaças de morte e condições de vida degradantes. Em fevereiro, a CNN noticiou o resgate de Luckas Viana dos Santos e Phelipe Ferreira, também vítimas de cárcere privado em Myanmar, que foram forçados a aplicar golpes em brasileiros e estrangeiros, sob pena de tortura e eletrochoques.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

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