Em uma sessão da Câmara Municipal de Capão Bonito, interior de São Paulo, o vereador Clayton Sassá (União) gerou controvérsia ao expressar sua oposição ao tombamento de uma igreja católica local. O parlamentar, aparentemente, associou o processo de tombamento à demolição da estrutura, demonstrando uma incompreensão do que realmente significa a proteção de um patrimônio histórico.
Segundo o vídeo da sessão, o vereador declarou ser favorável à preservação do templo, que possui cerca de 150 anos. No entanto, sua argumentação revelou uma falta de entendimento sobre o tombamento, que visa justamente a imposição de regras para proteger e conservar o bem, impedindo sua destruição ou descaracterização. “Não sou católico, mas respeito cada um, cada crença, cada religião. (Sou) totalmente contrário ao tombamento dessa igreja”, afirmou.
É importante ressaltar que o tombamento é um instrumento legal que garante a preservação de bens de valor histórico, cultural ou arquitetônico. Ao contrário do que o vereador parece acreditar, o processo impede a demolição e assegura que o patrimônio seja mantido para as futuras gerações.
A Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição de Capão Bonito, mencionada no discurso do vereador, possui grande importância para a cidade, que teve sua origem ligada à religiosidade. A primeira missa no local foi realizada em 1850. A confusão do vereador demonstra a necessidade de maior informação sobre a preservação do patrimônio histórico.
Mesmo se declarando contrário ao tombamento, o vereador Sassá propôs medidas de proteção para a igreja, como a restrição ao tráfego de caminhões na rua do entorno. “Vou entrar com um pedido para que naquela localidade seja feito um protocolo, uma medida que seja extremamente proibido de uma vez por todas passar caminhão naquela rua e que se passar, seja multado”, completou. A situação demonstra uma contradição entre o discurso e a prática do parlamentar.
Fonte: http://www.metropoles.com