sexta-feira, junho 20, 2025

Ancestralidade Pop: Artistas Indígenas Rompem Barreiras e Redefinem a Música Brasileira

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Uma onda de inovação musical está varrendo o Brasil, impulsionada por artistas indígenas que desafiam rótulos e exploram a liberdade criativa. Nomes como Kaê Guajajara e Brisa Flow estão redefinindo o cenário, transcendendo os estereótipos tradicionais associados à música indígena e aventurando-se por diversos gêneros. Essa nova geração busca construir carreiras autênticas, onde a herança cultural se funde com a modernidade pop.

Kaê Guajajara, que iniciou sua jornada no rap, agora abraça sonoridades e visuais mais alinhados ao pop, demonstrando a fluidez de sua arte. “As pessoas querem que a gente performe algo estereotipado, mas estou na minha era diva pop. Chego para os shows de salto, blusinha e muitas vezes as pessoas pensam: ‘não era essa índia que eu queria’”, revela a artista, evidenciando a resistência a expectativas limitantes. Apesar da mudança de estilo, Kaê garante que a cultura indígena permanece como um alicerce fundamental em seus projetos.

Brisa Flow, com raízes indígenas mapuche do sul do Chile, também tece uma tapeçaria sonora diversificada. Nascida em Minas Gerais e filha de artesãos chilenos, ela integra línguas originárias, espanhol, português e inglês em suas composições. Sua música, que já ecoou em festivais como Lollapalooza e Rock in Rio, é descrita como “rap jazz neo-ancestral”, uma fusão de elementos eletrônicos, instrumentos orgânicos e ritmos percussivos.

Enquanto isso, o rapper manauara Victor Xamã busca distinguir as nuances entre a música amazônica e a música indígena. “Nem sempre a música indígena é amazônica e nem sempre a música amazônica é indígena”, salienta. Xamã celebra a cultura da região Norte em suas canções, mas frisa que a música indígena possui um alcance universal, abrangendo a experiência de diversos povos originários. Ele também enfrenta estereótipos, mas mantém-se fiel às suas convicções musicais, encontrando no rap uma forma de expressão autêntica, conectada às raízes da música preta.

Fonte: http://www.metropoles.com

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