quarta-feira, junho 18, 2025

Bolsonaro no STF: Nega golpe, pede desculpas e minimiza responsabilidade em interrogatório sobre 8 de janeiro

Share

DOLÁR HOJE

Dólar: carregando...
Euro: carregando...
Libra: carregando...

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, no âmbito da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado que culminou nos eventos de 8 de janeiro de 2023. Ele foi o sexto réu a ser interrogado na fase de instrução da ação penal. A sessão durou cerca de duas horas e meia e, segundo relatos, transcorreu em um clima cordial, permeado por momentos de descontração.

Durante o interrogatório, Bolsonaro negou enfaticamente qualquer envolvimento em planos golpistas. Ele afirmou que jamais discutiu a possibilidade de um golpe com comandantes militares e minimizou a gravidade das discussões sobre contestar o resultado das eleições de 2022. Segundo o ex-presidente, as conversas sobre a decretação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) se justificavam pela preocupação com os bloqueios de rodovias e manifestações em frente aos quartéis.

O ex-presidente admitiu a exibição de uma minuta golpista durante uma reunião com comandantes das Forças Armadas em dezembro de 2022. No entanto, Bolsonaro negou ter redigido, editado ou dado seguimento à proposta. “Não escrevi, não alterei, não digitei nada. Não tenho responsabilidade sobre essa minuta”, declarou. Ele também reiterou suas críticas ao sistema eleitoral, defendendo o direito democrático de questionar o processo, e apresentou declarações de outras figuras políticas que também manifestaram dúvidas sobre a lisura das urnas.

Um dos momentos mais marcantes do depoimento foi o pedido de desculpas de Bolsonaro ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, por acusações de que ele e outros ministros teriam recebido propina para acobertar fraudes nas eleições. O ex-presidente admitiu não ter provas para sustentar tais declarações e justificou suas falas como um “desabafo” em uma reunião informal. Além disso, Bolsonaro classificou como “malucos” os apoiadores que pediam intervenção militar após as eleições e brincou com a possibilidade de convidar Moraes para ser seu vice-presidente em 2026.

Por fim, Bolsonaro explicou que optou por não passar a faixa presidencial a Luiz Inácio Lula da Silva para evitar o que chamou de “vaia histórica”. A série de declarações e posicionamentos do ex-presidente durante o depoimento ao STF certamente reverberará no cenário político e jurídico brasileiro, reacendendo o debate sobre os eventos que marcaram o período pós-eleitoral de 2022 e a responsabilidade dos envolvidos.

Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br

Mais lidas

DE TUDO UM POUCO