Em um cenário de crescente tensão regional, a Marinha de Israel realizou um ataque ao porto de Hodeida, localizado no Iêmen e controlado pelo grupo Houthi. A ação, que ocorreu nesta terça-feira, representa uma escalada no conflito e levanta preocupações sobre a segurança da navegação na região. Este é o primeiro ataque confirmado de Israel à infraestrutura portuária iemenita desde o início das hostilidades intensificadas.
O ataque israelense ocorre em resposta aos frequentes ataques dos Houthis contra embarcações comerciais e militares israelenses no Mar Vermelho e arredores. O grupo Houthi afirma que suas ações visam pressionar Israel a cessar sua ofensiva na Faixa de Gaza. A situação gerou alertas internacionais sobre o potencial impacto no comércio global e na estabilidade regional.
Na noite anterior ao ataque, Israel emitiu alertas digitais direcionados a civis nas áreas portuárias de Ras Isa, Hodeida e al-Salif. A mensagem alertava sobre o uso dessas áreas pelos Houthis para atividades militares. Essa medida, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), visava mitigar o risco de danos a civis não envolvidos no conflito.
Em comunicado oficial, o Exército israelense justificou o ataque, alegando que “o porto é usado para transferir armas e é mais um exemplo da exploração cínica da infraestrutura civil pelo regime terrorista Houthi para promover atividades terroristas”. As IDF também reafirmaram que o ataque foi uma resposta direta aos “repetidos ataques com mísseis e drones em território israelense”.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, emitiu um severo alerta, afirmando que “o longo braço de seu país no ar e no mar alcançará todos os lugares”. Ele também advertiu os Houthis de que, caso continuem a atacar Israel, enfrentarão uma resposta ainda mais contundente, incluindo um possível bloqueio naval e aéreo.
Desde que os Houthis assumiram o controle da capital iemenita, Sanaa, em 2014, o porto de Hodeida se tornou uma rota crucial para a entrada de alimentos e suprimentos humanitários para milhões de iemenitas. O ataque israelense levanta sérias preocupações sobre o impacto humanitário na população já vulnerável do Iêmen.
Fonte: http://revistaoeste.com
