terça-feira, junho 17, 2025

Ex-Ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira Depõe no STF em Inquérito sobre Tentativa de Golpe

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O general da reserva Paulo Sérgio Nogueira, que liderou o Ministério da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro, iniciou seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10/6). Ele é investigado no inquérito que apura a suposta articulação de um golpe de Estado após as eleições de 2022. A oitiva ocorre em meio a uma série de interrogatórios que miram figuras-chave da gestão anterior.

Outros nomes de peso, como o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, o ex-ministro Anderson Torres, o general Augusto Heleno e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro, já foram ouvidos pela Primeira Turma do STF. Os interrogatórios estão sob a condução do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. As oitivas, que se estendem até sexta-feira (13/6), exigem a presença de todos os réus, incluindo aqueles que já prestaram esclarecimentos, como Mauro Cid e Alexandre Ramagem.

A ausência notável é a do general Walter Souza Braga Netto, que prestará depoimento por videoconferência devido à sua prisão no Rio de Janeiro. Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, abriu a rodada de interrogatórios por ser o delator do caso, fornecendo informações cruciais para a investigação.

A delação de Cid aponta que Paulo Sérgio participou de pelo menos uma reunião no Palácio da Alvorada, juntamente com Jair Bolsonaro, para discutir uma minuta de decreto que previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes e a convocação de novas eleições. Segundo Cid, Bolsonaro teria revisado o texto, atenuando trechos mais radicais, e o então ministro da Defesa estava ciente das intenções golpistas. “Bolsonaro teria revisado o texto, excluindo trechos mais radicais”, afirmou Cid em sua delação.

Em contrapartida, Paulo Sérgio nega veementemente qualquer envolvimento em atos antidemocráticos. Sua defesa argumenta que sua atuação à frente do Ministério da Defesa se manteve “nos estritos limites institucionais” e que ele jamais apoiou qualquer ruptura da ordem constitucional. Além de Paulo Sérgio, Jair Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno, Almir Garnier, Alexandre Ramagem e Anderson Torres também figuram como réus no processo.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o grupo de crimes graves, como tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. Os próximos dias serão cruciais para o desenrolar das investigações e para o esclarecimento dos fatos relacionados à suposta trama golpista. *Colaborou Manuela de Moura.*

Fonte: http://www.metropoles.com

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