O deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), líder da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, lançou duras críticas à proposta do governo federal de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O parlamentar classificou a medida como uma “reedição inaceitável da CPMF”, alertando para o impacto negativo sobre a população mais vulnerável e a competitividade da economia brasileira.
Lopes argumenta que os ajustes realizados pelo governo, em resposta às críticas do Congresso Nacional e do setor produtivo, não são suficientes para resolver o problema central. “Essa criação do IOF, que é um imposto regulatório com caráter arrecadatório, é praticamente a reedição da CPMF”, afirmou, ressaltando o peso do imposto sobre empréstimos de curto prazo.
O deputado defende que o governo precisa de reformas estruturais em vez de medidas superficiais. Segundo Lopes, a vinculação de benefícios sociais e previdenciários ao salário mínimo é uma das principais causas do desequilíbrio fiscal. Ele propõe a desindexação desses repasses, com correção apenas pela inflação, visando uma economia de R$ 1,4 trilhão em dez anos.
Além disso, Júlio Lopes criticou a “intervenção permanente” do Estado na economia, argumentando que as mudanças constantes nas regras tributárias e fiscais prejudicam a capacidade produtiva das empresas. “Essa agressão à competitividade no cerne da sua ação é extremamente danosa”, alertou, enfatizando a necessidade de previsibilidade para o setor produtivo.
A declaração do deputado reflete a crescente insatisfação entre parlamentares e empresários com a política fiscal do governo. A expectativa é que o debate sobre o ‘Pacote do IOF’ continue acalorado no Congresso Nacional, com forte pressão por alternativas que promovam o equilíbrio fiscal sem comprometer o crescimento econômico.
Fonte: http://jovempan.com.br
