O setor produtivo do Paraná demonstra forte preocupação com a possível taxação de títulos de renda fixa voltados ao agronegócio. Um grupo de sete instituições representativas, conhecido como G7, divulgou um comunicado expressando seu posicionamento contrário à medida proposta pelo governo federal.
O G7 critica a intenção da União de taxar títulos como a Letra de Crédito Agropecuário (LCA) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), instrumentos cruciais para o financiamento do setor. A medida, que deve ser implementada por meio de medida provisória, levanta questionamentos sobre o futuro dos investimentos no agronegócio paranaense.
As LCAs são emitidas por instituições financeiras para captar recursos destinados ao agronegócio, enquanto os CRAs são títulos lastreados emitidos por companhias securitizadoras, ambos atualmente isentos de Imposto de Renda. A proposta do governo é taxar em 5% os rendimentos desses títulos.
O líder da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Pedro Lupion (Progressistas-PR), manifestou sua oposição à medida nas redes sociais. Segundo o setor produtivo, outras alternativas para aumentar a arrecadação deveriam ser consideradas.
Sérgio Malucelli, presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar), alertou que a mudança pode ter um impacto abrangente em diversas áreas. “A isenção do Imposto de Renda é um dos principais atrativos para esses títulos”, ressalta o G7, que teme que a taxação afaste investidores e reduza a oferta de recursos para o setor agropecuário.
Fonte: http://cbncuritiba.com.br
