O remake de ‘Vale Tudo’ na Globo tem provocado discussões importantes, e uma delas é a descoberta da assexualidade por parte da personagem Poliana, interpretada por Matheus Nachtergaele. Em uma conversa íntima com sua irmã Aldeíde (Karine Teles), Poliana revela sua orientação, um tema inédito na primeira versão da novela, mas que ganha destaque na adaptação de Manuela Dias. A trama acompanha a aproximação de Poliana com Dalva (Nataly Rocha), adicionando nuances à narrativa.
A inclusão da assexualidade na trama levanta questionamentos: o que realmente significa ser assexual? Segundo o Coletivo de Assexuais para Informação e Visibilidade sobre as Assexualidades, a assexualidade se define pela ausência de atração sexual total, parcial, condicional ou circunstancial. É crucial destacar que a assexualidade não é um transtorno, mas sim uma orientação sexual legítima e válida.
É importante salientar que a falta de atração sexual não impede que pessoas assexuais mantenham relações íntimas. “Pessoas (assexuais ou não) podem transar para manter uma intimidade com a qual se sintam confortáveis ou um vínculo com alguém, por atração, amor, carência, costume, benefício, ou qualquer motivo que queiram”, explica o coletivo, reforçando que as motivações são diversas e merecem respeito.
A discussão sobre assexualidade em ‘Vale Tudo’ abre espaço para reflexões mais amplas sobre as complexidades das relações humanas. Conforme o coletivo ressalta, “entender que só transa quem sente atração sexual limita as interações humanas mais complexas e barra discussões importantes, como consentimento, práticas não sexuais no BDSM, direitos de profissionais do sexo, etc.”
Portanto, a abordagem da assexualidade na novela não apenas enriquece a trama, mas também promove a conscientização e o diálogo sobre a diversidade de experiências e orientações sexuais, contribuindo para uma sociedade mais informada e inclusiva.
Fonte: http://www.metropoles.com
