A saúde mental no ambiente de trabalho ganha um novo capítulo no Brasil. Dados alarmantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) revelam a perda de 12 bilhões de dias de trabalho anualmente devido à depressão e ansiedade, um cenário agravado pela pandemia, com aumento de 25% nos transtornos mentais.
Diante desse quadro, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atualizou a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) em agosto de 2024, que já está em vigor desde 26 de maio. A mudança obriga as empresas a incluírem a avaliação de riscos psicossociais na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), reconhecendo que fatores como estresse, assédio e sobrecarga mental devem ser identificados e gerenciados.
Samanta Padilha, Head de RH e Gestão de Pessoas do Grupo BHB, enfatiza a importância de ir além da mera adequação legal. “É preciso correr atrás do prejuízo com comprometimento e intensidade. Empresas que se adaptarem mais rapidamente podem se destacar como exemplos de responsabilidade social e cuidado com o capital humano”, afirmou em entrevista exclusiva à Jovem Pan.
A especialista, reconhecida entre as Top 50 Executivas de RH pelo People and Health Executive Summit, ressalta: “Sem saúde mental não somos nada. A saúde mental é nossa maior força e precisamos protegê-la todos os dias”. Ela destaca que a implementação da nova lei pode gerar desconforto inicial, mas traz benefícios significativos a médio e longo prazo.
De acordo com Padilha, a nova lei incentiva a implementação de políticas internas de apoio emocional e a capacitação de gestores para lidar com questões de saúde mental. Isso pode resultar na redução do absenteísmo, turnover e custos relacionados a problemas emocionais, além de promover um ambiente de trabalho mais saudável e acolhedor.
Fonte: http://jovempan.com.br