Um estudo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) revela que o crescente uso de bicicletas em Curitiba está impactando significativamente a demanda pelo transporte público. A pesquisa aponta que cada nova bicicleta nas ruas da cidade pode substituir, em média, até 52 passagens de ônibus por mês, evidenciando uma mudança nos hábitos de deslocamento dos curitibanos.
O estudo estabelece uma ligação direta entre o aumento do uso de bicicletas e fatores como o reajuste das tarifas do transporte coletivo e a alta nos preços dos combustíveis. “O passageiro que migra do ônibus para a bicicleta tende a não voltar, salvo em condições climáticas adversas”, explica o pesquisador Luis André Fumagalli, da PUCPR.
A expansão das ciclovias e o incentivo público ao uso da bicicleta como modal de transporte têm fortalecido essa tendência, colocando-a em competição direta com o transporte público. Essa mudança impacta a receita e a sustentabilidade do sistema de ônibus, exigindo um debate sobre alternativas e adaptações.
Além do impacto no sistema de transporte, a pesquisa contribui para a discussão sobre a redução de emissões de gases de efeito estufa. No Brasil, o setor de transportes é responsável por 16% do total das emissões, tornando a transição para meios de transporte mais sustentáveis, como a bicicleta, uma estratégia crucial para mitigar os impactos ambientais.
Para saber mais sobre o futuro da mobilidade urbana em Curitiba e os impactos dessa transição modal, confira a entrevista completa com o pesquisador Luis André Fumagalli, pós-doutor em Gestão Urbana pela PUCPR, disponível [aqui](https://cbncuritiba.com.br/wp-content/uploads/2025/06/13-06-2025-ENTREVISTA-LUIZ-ANDRE.mp3).
Fonte: http://cbncuritiba.com.br