A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro, veio a público negar qualquer envolvimento do militar em um pedido de passaporte ao ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. A manifestação ocorre em meio à prisão de Machado, sob suspeita de tentar obter um visto português para Cid.
O advogado Jair Alves Pereira, integrante da equipe de defesa de Cid, expressou surpresa com as alegações. “É uma surpresa. Desconheço os fatos, mas com certeza Mauro Cid não requereu passaporte”, afirmou o jurista ao Metrópoles. A defesa busca desvincular Cid de qualquer tentativa de obtenção de cidadania estrangeira por vias irregulares.
Além de negar o pedido de passaporte, a defesa de Mauro Cid reafirmou a validade e solidez do acordo de delação premiada firmado pelo tenente-coronel. “A colaboração foi confirmada pelos depoimentos e comprovada por mensagens”, assegurou Pereira, afastando especulações sobre possíveis fragilidades no acordo.
Gilson Machado foi preso preventivamente pela Polícia Federal no Recife, sob a acusação de ter atuado junto ao Consulado de Portugal na capital pernambucana, em maio de 2025, buscando viabilizar a cidadania portuguesa para Mauro Cid. A investigação foi aberta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), indicando a seriedade das suspeitas.
Segundo as investigações, Mauro Cid teria dado entrada no pedido de cidadania portuguesa em janeiro de 2023, logo após o término do governo Bolsonaro. O ex-ajudante de ordens já havia sido preso em maio daquele ano, sendo libertado após firmar o acordo de delação premiada que agora é defendido por seus advogados.
Fonte: http://www.metropoles.com