Em meio à escalada de tensões no Oriente Médio, um brasileiro residente em Israel compartilhou sua experiência sobre a vida no país após os recentes ataques do Irã. Marcos Susskind, morador de Holon, cidade próxima a Tel Aviv, descreveu a atmosfera nas áreas urbanas israelenses como uma de “tranquilidade tensa”, refletindo a constante vigilância imposta pela situação.
“Estamos tranquilos de que estamos razoavelmente seguros, mas tensos porque a qualquer momento podemos ser chamados para voltar para os abrigos”, relatou Susskind, evidenciando o estado de alerta que se tornou parte do cotidiano dos moradores. Essa declaração sublinha o delicado equilíbrio entre a busca pela normalidade e a iminente possibilidade de interrupção devido a novos ataques.
Susskind detalhou o sistema de defesa israelense, que monitora o lançamento de foguetes e emite alertas à população. Segundo ele, após a detecção dos projéteis, os cidadãos são orientados a procurar abrigo. Informações mais precisas são então divulgadas, indicando as áreas sob maior ameaça e permitindo que aqueles fora da rota de perigo se mantenham em segurança.
O brasileiro também destacou a ampla disponibilidade de abrigos antiaéreos em todo o país. “A quantidade de milhares ou dezenas de milhares de abrigos espalhados pelo país permite que qualquer cidadão em um prazo de até um minuto e meio consiga entrar em um abrigo”, afirmou Susskind, ressaltando a importância dessa infraestrutura de proteção. Esses espaços seguros estão presentes em residências, comércios e áreas públicas, garantindo acesso rápido em caso de emergência.
Susskind também chamou atenção para a velocidade dos foguetes iranianos, capazes de atingir Israel em apenas 12 minutos, viajando a uma velocidade cinco vezes superior à do som. Essa informação reforça a necessidade de um sistema de alerta ágil e eficiente, capaz de proteger a população diante de ameaças iminentes. A rotina em Israel, segundo o brasileiro, é marcada pela constante prontidão, onde a normalidade convive com a possibilidade de ataques repentinos.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br