A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) enfrenta uma crise sem precedentes após significativos cortes no financiamento por parte dos Estados Unidos durante o governo Trump. A redução drástica no apoio financeiro forçou a agência a tomar medidas drásticas, incluindo a demissão de 3.500 funcionários em todo o mundo.
As demissões em massa representam um duro golpe para a capacidade da ACNUR de atender às crescentes necessidades de milhões de refugiados e deslocados em todo o mundo. A agência, responsável por fornecer abrigo, alimentos, assistência médica e outros serviços essenciais, vê-se agora limitada em sua capacidade de resposta.
Historicamente, os Estados Unidos têm sido um dos maiores doadores da ACNUR. Nos últimos anos, a contribuição americana representava cerca de 40% do orçamento total da agência, demonstrando a magnitude do impacto dos cortes implementados. A lacuna financeira resultante coloca em risco programas vitais e a vida de pessoas vulneráveis.
“Estamos profundamente preocupados com o impacto desses cortes em nossa capacidade de proteger e assistir refugiados e deslocados internos”, declarou um porta-voz da ACNUR. A agência apela à comunidade internacional para que intensifique o apoio financeiro e preencha a lacuna deixada pela diminuição da contribuição americana, a fim de evitar consequências ainda mais devastadoras.
A situação levanta sérias questões sobre o futuro do multilateralismo e a capacidade das organizações internacionais de responder a crises humanitárias complexas em um cenário de crescente nacionalismo e cortes orçamentários. O impacto das demissões será sentido globalmente, afetando diretamente a vida de milhões de pessoas que dependem da assistência da ACNUR.