O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao chegar em Calgary, Canadá, para a cúpula do G7, lançou dúvidas sobre a relevância do grupo. Em declarações surpreendentes, Lula argumentou que o G20 possui maior representatividade no cenário global, levantando um debate sobre o papel das principais potências mundiais na governança internacional.
Questionado pela CNN sobre a proposta de Donald Trump de reintegração da Rússia ao grupo, Lula foi enfático ao defender o G20 como um fórum mais abrangente. “Acho que o G7, no fundo, no fundo, não há nem necessidade de existir o G7. O G20 é mais representante”, afirmou o presidente, sinalizando uma possível mudança na percepção do Brasil em relação aos mecanismos de cooperação internacional.
Lula reforçou sua posição, destacando a superioridade do G20 em termos de representatividade econômica e demográfica. “O G20 eu acho que tem mais importância, tem mais densidade humana, tem mais densidade econômica”, adicionou, enfatizando a necessidade de fóruns que reflitam a complexidade do mundo contemporâneo. A declaração ocorre em um momento de crescentes tensões geopolíticas e busca por soluções multilaterais.
Além de questionar o G7, Lula também expressou preocupação com o acirramento do conflito entre Israel e Irã. “Qualquer conflito me preocupa, sou um homem que nasceu pra paz”, declarou, reiterando o compromisso do Brasil com a resolução pacífica de disputas e o diálogo como ferramenta para a construção de um futuro mais estável.
O G7, atualmente composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, viu a Rússia ser suspensa em 2014 após a anexação da Crimeia. A declaração de Lula reacende o debate sobre a composição e a eficácia dos fóruns de governança global em um mundo cada vez mais multipolar.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br