Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e vereador, utilizou suas redes sociais para comentar o indiciamento pela Polícia Federal (PF) no caso da Abin Paralela. A investigação apura o suposto uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar ilegalmente adversários políticos durante o governo anterior.
Em sua postagem na rede social X, Carlos Bolsonaro questionou: “Alguém tinha alguma dúvida que a PF do Lula faria isso comigo? Justificativa? Creio que os senhores já sabem: eleições em 2026? Acho que não. É só coincidência.” A reação sugere uma possível motivação política por trás da ação da PF, levantando dúvidas sobre a imparcialidade da investigação.
Além de Carlos Bolsonaro, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que anteriormente dirigiu a Abin, e o atual diretor da agência, Luiz Fernando Corrêa, também foram indiciados. Ao todo, o inquérito aponta para o envolvimento de 35 pessoas no esquema de espionagem ilegal, e o caso foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A investigação da PF concentra-se na alegação de que a Abin foi utilizada para monitorar opositores e adversários políticos de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2021. Alexandre Ramagem, então diretor do órgão, é apontado como o responsável pela gestão durante o período em que as supostas atividades ilegais ocorreram.
De acordo com as apurações, a espionagem paralela era realizada através do software israelense First Mile, que rastreava a localização de indivíduos com base em informações de torres de telecomunicações. Os investigados poderão ser responsabilizados por crimes como organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.
Fonte: http://www.metropoles.com