O Congresso Nacional reverteu vetos do presidente Lula em dispositivos que regulam investimentos em energia eólica offshore, gerando preocupação sobre o futuro das tarifas de energia. A decisão pode adicionar R$ 197 bilhões às contas de luz até 2050, segundo a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace).
O governo federal havia tentado impedir a aprovação de um artigo que permitiria a contratação de usinas a gás com alta inflexibilidade, medida que poderia elevar os custos em até R$ 306 bilhões. A derrubada desse e de outros vetos acende um alerta sobre o impacto financeiro para os consumidores.
Entre os vetos derrubados, destaca-se a autorização para a contratação de 3.000 MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que, segundo o governo, encareceriam as tarifas. Além disso, a permissão para contratar 250 MW de energia gerada a partir de hidrogênio líquido produzido com etanol no Nordeste pode gerar um custo adicional de R$ 28 bilhões.
A prorrogação do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), também liberada pelo Congresso, tem um custo estimado de R$ 24 bilhões. A questão da contratação de termelétricas, a mais controversa, foi adiada, mas ainda representa uma ameaça ao orçamento e à matriz energética brasileira.
Em resumo, o impacto financeiro na conta de luz pode ser significativo. Os valores estimados são: R$ 140 bilhões referentes às PCHs, R$ 28 bilhões para o hidrogênio, R$ 24 bilhões relacionados ao Proinfa e R$ 5 bilhões para as eólicas no Sul do país, totalizando um aumento considerável para o consumidor final.
Fonte: http://jovempan.com.br