quarta-feira, junho 18, 2025

Crise no Salão Aeronáutico de Paris: França Veda Acesso a Estandes Israelenses

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O Salão Internacional de Aeronáutica e Espaço de Paris foi palco de tensões diplomáticas entre França e Israel. No primeiro dia do evento, autoridades francesas determinaram o bloqueio do acesso aos estandes de empresas israelenses de armamento, gerando forte reação por parte de Israel. A medida foi executada com a instalação de painéis pretos, ocultando os espaços de exposição.

Segundo o Ministério da Defesa de Israel, a ação foi motivada pelo descumprimento de uma exigência dos organizadores, que, seguindo orientação do governo francês, solicitaram a remoção de “armas ditas ofensivas” dos estandes israelenses. Israel teria se recusado a atender a solicitação, o que resultou na medida de bloqueio, classificada como “sem precedentes” e “contrária às normas que regem exposições de segurança em todo o mundo”.

O diretor-geral do Ministério da Defesa de Israel, general Eyal Zamir, criticou a atitude unilateral do governo francês, afirmando que ela ocorreu sem aviso prévio. “Essa é uma ação grave e inaceitável contra a indústria de defesa israelense”, declarou Zamir. O governo israelense também emitiu uma nota oficial, na qual acusou a França de ter tomado uma decisão “politicamente motivada” e impulsionada por “considerações comerciais”.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, classificou a situação como “escandalosa” em entrevista à emissora LCI, comparando-a à criação de “um gueto israelense”. Ele destacou que as empresas israelenses haviam firmado contratos e efetuado pagamentos para participar do evento, exigindo uma correção imediata da medida. Os organizadores do Salão do Bourget confirmaram a execução de uma instrução das autoridades francesas para a retirada de certos equipamentos exibidos nos estandes israelenses.

O primeiro-ministro francês, François Bayrou, justificou a decisão com base nas “tensões extremas” na região e nas “escolhas diplomáticas da França”, mencionando a preocupação com a situação em Gaza. Bayrou acrescentou que a medida foi tomada devido à recusa em remover as armas ofensivas dos estandes, resultando no fechamento “provisório” dos espaços. A presença de empresas israelenses no evento também enfrentou questionamentos judiciais, com associações solicitando sua exclusão sob alegação de risco de perpetuação de crimes internacionais, pedido que foi negado pela Justiça francesa.

Fonte: http://revistaoeste.com

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