O presidente Donald Trump encurtou sua participação na Cúpula do G7 para convocar uma reunião de emergência com sua equipe de segurança nacional, segundo informações do site Axios. A medida drástica surge em meio a um agravamento do conflito entre Israel e Irã, levantando a possibilidade de uma intervenção militar direta dos Estados Unidos.
A reunião, realizada na Sala de Situação da Casa Branca, teve como foco a avaliação de um possível ataque a instalações nucleares iranianas, com destaque para a unidade de enriquecimento de urânio em Fordow. Antes do encontro, autoridades americanas revelaram que Trump estava “seriamente considerando” a opção de se juntar ao conflito.
Durante o voo de volta para Washington, Trump sinalizou uma postura inflexível em relação ao Irã. “Não estou interessado em um cessar-fogo, mas em um fim real para a guerra e para o programa nuclear iraniano”, declarou o presidente a jornalistas, indicando a possibilidade de um encontro com autoridades iranianas ainda nesta semana, condicionado aos acontecimentos em seu retorno.
Oficiais israelenses afirmam que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e a cúpula da defesa de Israel acreditam que Trump poderá se juntar ao conflito nos próximos dias. Até o momento, o apoio americano a Israel tem se limitado a ações defensivas.
Enquanto isso, o Congresso americano debate os limites da autoridade presidencial para ordenar um ataque ao Irã sem aprovação legislativa. Lideranças no Senado têm evitado tomar uma posição direta sobre a necessidade de autorização formal, argumentando que a questão é objeto de debate há tempos.
O senador John Thune, líder da maioria, limitou-se a dizer que “essas questões têm sido debatidas e litigadas por muito tempo”. Já o líder da minoria democrata, Chuck Schumer, afirmou que o Senado “não hesitará em exercer nossa autoridade, se necessário”.
Nos bastidores, senadores pressionam por flexibilidade militar, enquanto o senador Tim Kaine busca apoio para aprovar uma resolução sobre poderes de guerra. O senador Rand Paul, republicano, defende que a Constituição exige autorização do Congresso para ataques militares, mas ainda não declarou seu apoio à resolução.
Autoridades influentes como Roger Wicker e Jim Risch se recusaram a comentar o tema, classificando-o como “sensível” e “complicado”. No entanto, alguns senadores republicanos sugeriram apoio tácito ao presidente, com Ted Cruz afirmando que “uma única incursão de bombardeio não requer autorização do Congresso”. Lindsey Graham foi ainda mais direto: “Não”.
Fonte: http://revistaoeste.com