O governo Lula conseguiu evitar uma crise maior no Congresso ao negociar a tramitação do decreto que reajusta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Segundo o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o Planalto “pulou uma fogueira” ao acalmar os ânimos com os deputados e garantir a aprovação do requerimento de urgência.
O acordo prevê que a votação da derrubada do decreto do IOF seja adiada para julho, após o recesso parlamentar. Essa medida permitiu que o governo ganhasse tempo para apresentar alternativas e negociar com os parlamentares, evitando um revés imediato no Congresso. O governo precisa de R$ 20 bilhões para cumprir as regras do Novo Arcabouço Fiscal.
“Aprendi que é preciso paciência e muito diálogo, mas o governo precisa acelerar suas posições”, afirmou José Guimarães. O líder do governo defendeu que o Executivo encontre maneiras de cortar mais gastos, sem comprometer programas sociais, e encontre mais alternativas de arrecadação, sem extravagâncias.
O governo também enviou uma Medida Provisória (MP) com uma série de cortes e alternativas para arrecadação. José Guimarães garantiu que o governo Lula “não vai pedalar” e diz que só há dois caminhos: “Aumentar arrecadação, sem extravagância, ou contingenciar e bloquear mais recursos”.
O líder do governo também se mostrou aberto a negociar a Medida Provisória, mesmo que isso signifique cortar mais gastos. “Estamos abertos a negociar a Medida Provisória, nunca teve matéria que não seja negociada”, disse Guimarães, sinalizando a disposição do governo em ceder em alguns pontos para garantir a aprovação das medidas.
Fonte: http://www.metropoles.com