O dólar opera em baixa nesta quarta-feira, influenciado pelas iminentes decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. A escalada do conflito entre Israel e Irã adiciona uma camada de incerteza, mantendo os investidores em compasso de espera. A combinação desses fatores exerce pressão sobre a moeda americana no mercado doméstico.
Às 11h21, o dólar à vista registrava uma queda de 0,28%, cotado a R$ 5,483 para venda. No mercado futuro, o contrato de dólar com vencimento mais próximo apresentava um recuo de 0,05%, negociado a R$ 5,504. Na sessão anterior, a moeda encerrou o dia com uma ligeira alta de 0,18%, atingindo R$ 5,4972.
O Banco Central do Brasil (BCB) realizará um leilão de até 35 mil contratos de swap cambial tradicional. Essa operação tem como objetivo rolar o vencimento programado para 1º de julho de 2025, atuando na gestão da dívida pública e oferecendo suporte ao mercado de câmbio.
O foco principal do dia recai sobre o anúncio da decisão de juros do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA. A expectativa predominante é de que a taxa básica se mantenha inalterada na faixa de 4,25% a 4,50%. As autoridades aguardam sinais mais claros sobre a trajetória da economia e da inflação antes de tomarem novas medidas.
Paralelamente, o conflito no Oriente Médio, com a troca de ataques entre Israel e Irã, eleva os temores de interrupções na produção e exportação de petróleo. “Embora estejamos preocupados que esta fase possa ser o início de um conflito sustentado na região, a precificação de riscos geopolíticos tem sido historicamente efêmera”, ponderaram analistas do Citi em relatório. A atenção se volta para as projeções econômicas atualizadas do Fed, que podem indicar futuras reduções nas taxas de juros.
No cenário doméstico, o mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BCB sobre a taxa Selic. As apostas estão divididas, com uma probabilidade de 55% de manutenção dos juros em 14,75% e 45% de chance de um aumento de 0,25 ponto percentual, segundo dados da LSEG. Os investidores também monitoram as discussões sobre as alíquotas do IOF, após a aprovação na Câmara dos Deputados de um projeto para derrubar o plano do governo.
Fonte: http://www.infomoney.com.br
