Um ataque aéreo israelense de grande escala atingiu o Irã na madrugada desta quarta-feira, tendo como alvos principais centros de produção de mísseis e instalações nucleares, especialmente na região próxima a Teerã. A operação, que envolveu 50 caças, intensifica as tensões já elevadas entre os dois países.
Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o ataque, ocorrido por volta das 5h no horário local, teve como alvo instalações iranianas utilizadas para enriquecimento de urânio, produção de peças para mísseis direcionados a Israel e fabricação de componentes de armas aéreas. A precisão dos ataques sugere um planejamento cuidadoso e informações de inteligência detalhadas.
Relatos indicam uma forte explosão na fábrica de mísseis balísticos de Khojir, nas imediações da capital iraniana, causando pânico entre os moradores de Teerã. A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) confirmou a destruição de duas centrais de fabricação de centrífugas, componentes cruciais para o programa nuclear iraniano.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, acusou o Irã de manter “um plano estratégico para eliminar Israel”. A declaração agrava ainda mais a retórica entre as nações, enquanto as autoridades ainda não divulgaram informações sobre o número de vítimas ou a extensão total dos danos causados pelos ataques.
Em meio à escalada, o embaixador do Irã em Portugal, Majid Tafreshi, revelou que cerca de 20% dos 10 milhões de habitantes de Teerã já haviam deixado a cidade até a noite de terça-feira, buscando refúgio diante da crescente ameaça de novos ataques, conforme reportado pela emissora portuguesa SIC.
Em um desenvolvimento adicional, as FDI afirmam ter eliminado Ali Shadmani, recém-nomeado chefe do Estado-Maior do Irã, em um ataque em Teerã. “Pela segunda vez em cinco dias, as FDI eliminaram o chefe do Estado-Maior do Irã em tempos de guerra, o principal comandante militar do regime”, declararam as FDI em suas redes sociais.
As FDI justificaram a ação com base em “informações precisas”, afirmando que Shadmani, o oficial militar mais graduado do Irã e conselheiro militar próximo ao líder supremo Khamenei, foi morto em um ataque no centro de Teerã. Shadmani havia assumido o cargo recentemente, após baixas anteriores entre líderes militares iranianos, incluindo o tenente-general Gholam Ali Rashid.
Fonte: http://revistaoeste.com