sábado, junho 21, 2025

GBU-57: A Bomba Americana que Ameaça o Núcleo Nuclear Subterrâneo do Irã

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Em um cenário de crescente tensão no Oriente Médio, um único armamento emerge como um fator crucial: a GBU-57, uma bomba anti-bunker de 13 toneladas detida exclusivamente pelos Estados Unidos. Essa ogiva, capaz de penetrar dezenas de metros de rocha e concreto, representa a única arma convencional atualmente apta a destruir instalações nucleares subterrâneas, como as do Irã, um poderio que Israel não possui.

A existência desta arma levanta questões sobre uma possível intervenção dos EUA no conflito entre Israel e Irã, especialmente sob a liderança de Donald Trump. Apesar dos recentes avanços militares de Israel, que miraram o comando iraniano e diversas instalações, pairam dúvidas sobre a capacidade israelense de atingir o coração do programa nuclear iraniano, em particular as instalações subterrâneas.

Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a planta de Fordo, dedicada ao enriquecimento de urânio, permanece intacta. O analista Behnam Ben Taleblu, da Fundação para a Defesa das Democracias, destaca que “todas as atenções estão voltadas para Fordo”, sublinhando a importância estratégica desta instalação. Diferentemente de Natanz e Isfahan, alvos da ofensiva israelense, Fordo está localizada a uma profundidade de aproximadamente 100 metros, fora do alcance do arsenal convencional israelense.

O general americano Mark Schwartz, analista da Rand Corporation, enfatiza que apenas os EUA detêm a capacidade convencional para destruir uma instalação como Fordo, referindo-se à GBU-57. Projetada para penetrar até 61 metros no subsolo antes da detonação, a bomba possui um invólucro de aço reforçado e um sistema de detonação sofisticado que detecta cavidades subterrâneas, diferenciando-se das bombas tradicionais.

Com mais de 6 metros de comprimento e peso superior a 13 toneladas, a GBU-57 é um projeto que remonta ao início dos anos 2000. A Força Aérea dos EUA encomendou o modelo à Boeing em 2009, inicialmente com um pedido de 20 unidades. Apenas os bombardeiros B-2 Spirit americanos são capazes de transportar esta poderosa arma, adicionando uma camada de complexidade logística a qualquer potencial operação.

Masao Dahlgren, especialista do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais (CSIS), sugere que um ataque bem-sucedido exigiria o uso de múltiplas bombas GBU-57 para garantir a destruição completa do alvo. O general Schwartz, por sua vez, argumenta que a superioridade aérea de Israel sobre o Irã facilitaria uma operação conjunta, embora uma intervenção direta dos EUA acarrete um elevado custo político, conforme alerta Ben Taleblu.

Alternativas à GBU-57 também são consideradas. Israel poderia optar por táticas indiretas contra instalações como Fordo, como bombardear acessos, danificar estruturas externas ou interromper o fornecimento elétrico, uma estratégia que pode ter sido empregada em Natanz. A existência de uma instalação recente, ainda mais profunda que Fordo e próxima a Natanz, levanta preocupações adicionais sobre o programa nuclear iraniano.

Fonte: http://revistaoeste.com

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