Em uma escalada significativa das tensões no Oriente Médio, Israel lançou uma série de ataques aéreos contra instalações iranianas durante a noite de terça-feira. A operação, que envolveu mais de 50 aeronaves de combate, teve como alvo principal centros de produção de centrífugas e mísseis, segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel (FDI) na manhã desta quarta-feira.
As FDI detalharam que os ataques foram conduzidos com base em informações precisas fornecidas pela Divisão de Inteligência. Os alvos incluíam instalações militares localizadas na região de Teerã, especificamente aquelas utilizadas para a fabricação de mísseis terra-terra e terra-ar. A ação demonstra uma escalada na postura de Israel em relação ao programa nuclear iraniano.
Um dos alvos prioritários foi uma instalação de produção de centrífugas em Teerã, com o objetivo declarado de retardar o que Israel alega ser o “programa de desenvolvimento de armas nucleares” do Irã. “O regime iraniano está enriquecendo urânio destinado ao desenvolvimento de armas nucleares”, acusaram as FDI, intensificando as preocupações sobre as ambições nucleares de Teerã.
Apesar das alegações israelenses, existe divergência entre as avaliações de inteligência dos Estados Unidos e de Israel sobre o programa nuclear iraniano. Em março, a Diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, testemunhou que a comunidade de inteligência americana acredita que o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, não autorizou a retomada do programa de armas nucleares que foi suspenso em 2003.
O ataque israelense, portanto, ocorre em um contexto de divergências de inteligência e crescente preocupação internacional com as atividades nucleares do Irã. As implicações regionais e globais da operação ainda estão sendo avaliadas, enquanto a comunidade internacional aguarda uma reação oficial do governo iraniano e possíveis desdobramentos futuros.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
