Os mercados financeiros iniciam o pregão desta quarta-feira sob forte influência de eventos globais cruciais. A escalada das tensões no Oriente Médio, juntamente com a iminente decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), injetam cautela nos investidores. No cenário doméstico, as atenções se voltam para o Banco Central, que definirá a nova taxa Selic.
A aversão ao risco prevalece após declarações do ex-presidente Donald Trump, sinalizando um possível envolvimento dos EUA no conflito entre Israel e Irã. Segundo fontes da imprensa internacional, o Irã já teria posicionado mísseis, aumentando o temor de ataques a bases americanas, caso os Estados Unidos entrem diretamente no conflito. Os índices futuros dos EUA operam em alta, refletindo essa apreensão.
A decisão do Fed, agendada para as 15h (horário de Brasília), é aguardada com grande expectativa. O mercado aposta na manutenção das taxas de juros, mas o foco principal reside nas projeções atualizadas do banco central para a economia americana. No Brasil, a decisão do Copom divide opiniões, com economistas projetando tanto a manutenção quanto um aumento de 0,25 ponto percentual na Selic.
Ontem, os principais índices de Nova York fecharam em queda, refletindo a preocupação com a escalada do conflito no Oriente Médio e dados do varejo americano mais fracos que o esperado. “A economia está desacelerando, com os consumidores nervosos sobre o que os espera e estão optando por economizar em vez de gastar dinheiro em lojas e shoppings”, disse Chris Rupkey, economista-chefe da Fwdbonds, à CNBC.
No mercado doméstico, o Ibovespa encerrou o pregão anterior com uma leve baixa de 0,30%, aos 138.840,02 pontos. Já o dólar comercial registrou alta de 0,23%, mantendo-se abaixo de R$ 5,50. Os contratos de juros futuros (DIs) encerraram a sessão de ontem com altas em toda a curva, exceto no vértice mais curto.
Fonte: http://www.infomoney.com.br