A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa básica de juros (Selic) para 15% ao ano gerou uma onda de reações no Congresso Nacional. Parlamentares de diferentes espectros políticos manifestaram preocupação com o impacto da medida na economia brasileira, tecendo duras críticas à política monetária adotada.
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, classificou a taxa como “indecente, proibitiva e desestimulante para investimentos produtivos”. Segundo o deputado, a elevação da Selic transforma o Brasil em um “paraíso dos rentistas”, onde o ganho financeiro supera o esforço produtivo. Ele ainda apontou que o pagamento de juros é o principal responsável pelo crescimento da dívida pública.
Rogério Correia, presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, ressaltou o impacto financeiro da Selic nos cofres públicos. “Cada ponto percentual da Selic custa R$ 38 bilhões”, alertou, direcionando a crítica para o destino desses recursos: “Esse dinheiro vai direto para os bancos, para o sistema financeiro e para os juros da dívida”.
Na oposição, Flávio Bolsonaro associou a alta da Selic à gestão do governo Lula, alegando que os gastos em viagens e ministérios impactam a economia. A senadora Tereza Cristina também se manifestou, afirmando que a elevação dificulta a implementação do Plano Safra 25/26 e questionou se o presidente Lula reclamaria do Banco Central.
Fonte: http://www.metropoles.com