quinta-feira, junho 19, 2025

Selic a 15%: Como o Mercado Financeiro Deve Reagir ao Novo Patamar da Taxa Básica

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A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 15% ao ano, superando as expectativas de alguns, desencadeou uma onda de análises sobre seus potenciais impactos no mercado financeiro. A medida, que visa conter a inflação e sinalizar o compromisso do Banco Central com a estabilidade econômica, deve gerar reações diversas em câmbio, juros futuros e na bolsa de valores.

Roberto Padovani, economista do banco BV, destaca que a comunicação do Copom aponta para um cenário de riscos ainda desfavorável, com a possibilidade de retomada do ciclo de alta caso as projeções não se confirmem. Essa postura cautelosa do BC reforça a necessidade de disciplina macroeconômica e pode influenciar a confiança dos investidores.

No mercado de câmbio, a elevação da Selic combinada com a sinalização do Federal Reserve (Fed) sobre possíveis cortes nas taxas de juros americanas, pode fortalecer o real. Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, aponta para um “diferencial brutal” entre as taxas brasileira e americana, o que tende a valorizar ainda mais a moeda nacional.

Quanto aos Depósitos Interfinanceiros (DIs), Flavio Serrano, economista-chefe do Bmg, prevê uma alta nas taxas de curto e médio prazo, especialmente nos contratos com vencimento até janeiro de 2027. Essa expectativa reflete a percepção de que o ciclo de cortes na Selic pode demorar mais para começar, possivelmente apenas em 2026.

Fábio Kanczuk, diretor de macroeconomia do ASA e ex-diretor do BC, complementa que a parte curta da curva de juros deve ser ajustada para cima, enquanto a parte longa pode apresentar queda, já que o mercado não acredita em juros mantidos em 15% por um período prolongado. A reação do mercado, portanto, será influenciada tanto pela decisão do Copom quanto pelas perspectivas para o cenário econômico global e doméstico.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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