O Partido dos Trabalhadores (PT) definiu o deputado federal Paulo Pimenta (SP) como seu primeiro nome para integrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Pimenta, que recentemente deixou o cargo de Ministro da Comunicação Social, é visto como um nome forte para a comissão. A informação foi confirmada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias.
“Já decidi o primeiro nome, Paulo Pimenta. Ele é experiente e bom para enfrentamentos”, declarou Lindbergh Farias ao Metrópoles, destacando a capacidade do deputado em lidar com as discussões acaloradas que devem marcar a CPMI. Embora a distribuição oficial das vagas ainda não tenha sido formalizada, o PT espera ocupar duas vagas de titular e duas de suplente na comissão mista.
A CPMI, composta por 15 representantes de cada Casa do Congresso, totalizando 30 membros e igual número de suplentes, terá um prazo de 180 dias para concluir seus trabalhos. A expectativa é que a comissão seja instalada no segundo semestre, após o recesso informal do Legislativo. O requerimento para a criação da CPMI foi lido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, nesta terça-feira.
A escolha de Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da CPMI, alinhado ao governo Lula, indica uma tentativa de equilibrar as forças dentro da comissão. Contudo, a oposição, responsável por articular a criação da CPMI, espera indicar o relator, buscando maior controle sobre os rumos da investigação. O Palácio do Planalto inicialmente se mostrou contrário à instalação da CPMI, temendo desgastes em um ano pré-eleitoral.
Agora, a estratégia do governo Lula é influenciar a indicação dos membros da base aliada, buscando nomes alinhados ao Planalto. O objetivo é direcionar o foco da CPMI para as fraudes ocorridas durante o governo Bolsonaro, período em que o esquema teria se intensificado. A CPMI investigará os descontos ilegais nas folhas de pagamento de beneficiários do INSS, um escândalo que veio à tona através de denúncias do Metrópoles.
Fonte: http://www.metropoles.com