Os futuros de Wall Street operam em forte queda nesta quinta-feira, pressionados por crescentes temores de um possível envolvimento militar dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã. A escalada das tensões geopolíticas reacende a aversão ao risco e alimenta preocupações com o potencial impacto inflacionário de um choque nos preços do petróleo.
As especulações sobre uma ação militar iminente dos EUA ganharam força após reportagens indicarem que autoridades americanas estariam se preparando para um possível ataque ao Irã nos próximos dias. A notícia intensificou um clima de cautela já presente nos mercados, em um dia de feriado nos EUA que esvaziou o volume de negociações.
“Se os EUA atacarem, veremos uma reação imediata intensa”, alertou Neil Wilson, estrategista da Saxo UK. “Ninguém vai querer assumir grandes posições de compra.” A incerteza quanto ao desfecho do conflito no Oriente Médio e suas potenciais consequências econômicas globais mantêm os investidores apreensivos.
Além das tensões geopolíticas, o mercado também digere as recentes revisões do Federal Reserve (Fed) para baixo em suas projeções de crescimento econômico e para cima em suas estimativas de inflação. A postura mais conservadora do banco central americano reforça as dúvidas sobre o ritmo e a magnitude de futuros cortes de juros.
No cenário internacional, o Banco da Inglaterra (BoE) manteve sua taxa básica de juros em 4,25%, contrariando as expectativas de parte do mercado que apostava em um afrouxamento monetário. Já o Banco Nacional da Suíça surpreendeu ao cortar sua taxa para zero, buscando conter a valorização do franco.
Fonte: http://www.infomoney.com.br