sexta-feira, junho 20, 2025

Câncer de Apêndice: Incidência Dispara entre Jovens e Intiga a Ciência

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Um aumento preocupante nos casos de câncer de apêndice, um tipo raro da doença, tem chamado a atenção de cientistas e pesquisadores. Um estudo recente, publicado na revista *Annals of Internal Medicine*, revela um aumento significativo na incidência, especialmente entre pessoas nascidas após a década de 1970. Esse crescimento inesperado levanta questões sobre os fatores que podem estar contribuindo para essa tendência alarmante.

Embora o câncer de apêndice ainda seja considerado raro, com poucos casos por milhão de pessoas, a pesquisa aponta para um aumento considerável nas gerações mais jovens. Em comparação com indivíduos nascidos entre 1941 e 1949, as taxas de incidência mais que triplicaram entre aqueles nascidos de 1976 a 1984 e quadruplicaram entre os nascidos de 1981 a 1989, no período de 1975 a 2019. Os dados sugerem uma mudança importante no perfil da doença.

A preocupação dos especialistas se intensifica ao constatar que o aumento do câncer de apêndice acompanha uma tendência mais ampla de crescimento nas taxas de câncer em adultos jovens, entre 15 e 39 anos. Outros tipos de câncer, como o colorretal, testicular, de mama, de ovário e de pâncreas, também mostram um aumento de casos nessa faixa etária, como observou um estudo publicado na revista *The Lancet*.

“Essa mudança deixou muitos especialistas perplexos e em busca de respostas”, comenta Justin Stebbing, cientista biomédico da Universidade Anglia Ruskin, no Reino Unido, em uma publicação especializada. A questão central reside em identificar os fatores que estão impulsionando esse aumento de casos em jovens adultos, o que pode impactar o futuro do tratamento do câncer.

Ainda não há respostas definitivas sobre as causas desse aumento, mas os pesquisadores exploram diversas hipóteses. Fatores de risco como tabagismo, obesidade e dieta são considerados, mas a correlação direta e o impacto específico desses fatores na doença ainda não estão claros. A exposição a produtos químicos e fatores ambientais, como microplásticos e “produtos químicos eternos” (PFAS), também são investigados.

Alterações no microbioma intestinal, relacionadas a mudanças na dieta e ao uso de antibióticos, também são consideradas. A chamada “dieta ocidental”, rica em alimentos ultraprocessados e açúcar, e o aumento das taxas de obesidade também podem ter um papel no aumento da incidência de câncer de início precoce. No entanto, até o momento, os estudos apenas apontam para possíveis associações.

Diante desse cenário, os médicos enfatizam a importância da prevenção e da conscientização, com foco em um estilo de vida saudável. “Manter um peso saudável, ter uma dieta balanceada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, e permanecer fisicamente ativo são medidas que podem reduzir o risco de muitos tipos de câncer”, orienta Stebbing. Adotar hábitos saudáveis é fundamental para minimizar a exposição aos fatores de risco e proteger a saúde.

Fonte: http://www.metropoles.com

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