sexta-feira, junho 20, 2025

Escalada de Tensão no Golfo Pérsico: Ameaça Iraniana ao Estreito de Ormuz Impulsiona Preços do Petróleo

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A escalada das tensões geopolíticas no Oriente Médio, impulsionada por possíveis ações militares dos Estados Unidos, reacendeu um antigo temor nos mercados globais: o bloqueio do Estreito de Ormuz. O Irã, em resposta a potenciais ataques, voltou a ameaçar fechar essa via marítima crucial, responsável por escoar cerca de 20% do petróleo consumido mundialmente.

Fontes da imprensa americana indicam que um plano de ofensiva militar já estaria em preparação, aguardando a decisão final do presidente Donald Trump nas próximas semanas. Ameaças de bloqueio são vistas como medidas de retaliação por parte do governo iraniano. A incerteza paira sobre o futuro da região e do fornecimento global de energia.

A segurança da navegação no Estreito de Ormuz é tradicionalmente garantida pelos Estados Unidos, com a 5ª Frota da Marinha americana monitorando a área a partir do Bahrein. No entanto, a possibilidade de interrupção, mesmo que apenas como ameaça, já causa ondas de choque no mercado.

A tensão crescente entre Irã e Israel agrava ainda mais o cenário. Agências marítimas emitiram alertas, orientando petroleiros a reforçar medidas de segurança. Desde o início dos confrontos, o preço do petróleo tem demonstrado forte volatilidade, com um aumento de até 8% em um único dia.

O barril do Brent, referência global, saltou de US$ 69,36 para US$ 78,74 em poucos dias, um aumento de 13,5%. O WTI, referência nos Estados Unidos, também acompanhou a tendência, subindo 10,9%. Relatórios do JPMorgan alertam que, em um cenário de bloqueio do estreito, os preços poderiam atingir picos entre US$ 120 e US$ 130 por barril.

O Irã já ameaçou fechar o Estreito de Ormuz em outras ocasiões, como em 2019, quando os EUA abandonaram o acordo nuclear. No entanto, nenhuma das ameaças se concretizou. “O estreito funciona como uma artéria vital para o mercado mundial de energia”, observa um analista do setor, ressaltando a importância estratégica da região.

Com apenas 33 quilômetros de largura em sua parte mais estreita e canais de navegação limitados, o estreito é um ponto de estrangulamento. Entre 2022 e 2024, cerca de 17,8 a 20,8 milhões de barris de petróleo circularam diariamente pela região. A Arábia Saudita, o Irã, os Emirados Árabes, o Kuwait e o Iraque dependem dessa rota para suas exportações, principalmente para a Ásia.

Diante do risco iminente, Arábia Saudita e Emirados Árabes intensificaram a busca por rotas alternativas, visando reduzir a dependência do Estreito de Ormuz. O Catar, por outro lado, ainda depende dessa passagem para quase toda a sua produção de gás natural liquefeito. A Administração de Informação de Energia dos EUA revela que oleodutos na região possuem capacidade ociosa de 2,6 milhões de barris por dia, um possível plano B em caso de bloqueio.

Fonte: http://revistaoeste.com

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