A audiência de instrução e julgamento do caso envolvendo a modelo Alice Artigas dos Santos, de 25 anos, ocorreu nesta quarta-feira (18), em Curitiba. O processo apura as acusações de importunação sexual e lesão corporal que recaem sobre o réu, em decorrência de um incidente ocorrido em janeiro de 2024 em um bar da Rua Itupava, no bairro Alto da XV.
A sessão foi marcada pela apresentação de provas técnicas, depoimentos de testemunhas e o interrogatório do acusado, elementos que prometem lançar luz sobre os eventos daquela noite. A defesa do acusado, contudo, mantém uma firme posição sobre a inocência de seu cliente no que tange à acusação de importunação sexual.
O advogado Gabriel Gaska, representante do acusado, reiterou que as provas colhidas durante a instrução processual confirmam a ausência de crime sexual. “A instrução processual, a partir da oitiva de várias testemunhas, da análise de câmeras de segurança e do interrogatório do acusado, ratifica aquilo que a investigação, num trabalho técnico e de excelência, concluiu. E que a defesa, desde o início, afirmou: não houve importunação sexual”, declarou Gaska, confiante na absolvição.
Por outro lado, o advogado Igor Ogar, que representa a modelo Alice Artigas, sustenta que a instrução comprovou a culpa do agressor, corroborando as evidências já apresentadas. Segundo Ogar, não houve “qualquer motivação idônea para justificar aquela agressão”, e a ausência de arrependimento por parte do acusado denota seu caráter.
Relembrando o caso, Alice Artigas relatou ter sido alvo de investidas insistentes por parte do suspeito enquanto jantava com uma amiga. Diante da recusa da modelo, outros clientes intervieram, momento em que a situação escalou para a agressão física, com o arremesso de uma garrafa que atingiu Alice e um dos rapazes que a auxiliaram.
Após o incidente, Alice foi levada ao pronto-socorro devido aos ferimentos. O suspeito, detido pela segurança do bar e entregue à Polícia Militar, assinou um termo circunstanciado por lesão corporal e foi liberado. A modelo registrou boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher, e a Polícia Civil segue investigando o caso. Alice busca justiça e espera que o caso sirva de alerta para a sociedade: “Não é não e violência é crime”, concluiu.
Fonte: http://www.bandab.com.br
