O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou pela condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão. Ele é acusado de furtar uma bola assinada pelo jogador Neymar Jr. da Câmara dos Deputados durante os atos de 8 de Janeiro, em Brasília.
Nelson Ribeiro Fonseca Júnior responde a uma ação penal por seu envolvimento na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes. O julgamento está em andamento no plenário virtual do STF. O ministro Moraes destacou que o réu confessou ter se apropriado da bola, demonstrando arrependimento pelo furto.
A defesa alega que Nelson teria levado a bola para preservá-la, mas não a devolveu imediatamente devido ao confronto com a polícia. Entretanto, Moraes ponderou que, mesmo se tratando de furto sem violência ou grave ameaça, a restituição ocorreu apenas 20 dias após o ocorrido e 10 meses antes do recebimento da denúncia.
Moraes considerou que o caso de Nelson se enquadra em diversos crimes, incluindo abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado, furto qualificado e associação criminosa. Em seu voto, o ministro propôs uma pena de 15 anos e seis meses de prisão pelos crimes mais graves, além de 1 ano e seis meses por crimes de menor potencial ofensivo, e 130 dias-multa.
Adicionalmente, Moraes determinou que Nelson pague R$ 30 milhões por danos morais coletivos, com cumprimento inicial da pena em regime fechado. O réu, morador de Sorocaba (SP), relatou à polícia que encontrou a bola no chão durante a invasão ao Congresso Nacional e a pegou com a intenção de devolvê-la posteriormente. Segundo seu depoimento à Polícia Federal, o confronto o impediu de fazê-lo de imediato.
Nelson permaneceu com a bola por 20 dias. De acordo com a Polícia Militar de São Paulo, ele procurou os agentes para informar que estava com o objeto e solicitar orientações sobre como proceder com a devolução. O caso segue em julgamento no STF.
Fonte: http://www.metropoles.com