sexta-feira, junho 20, 2025

Selic a 15%: Oportunidade ou Armadilha para seus Fundos de Investimento?

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A recente decisão do Copom de elevar a Selic para 15% reacende o debate sobre a atratividade dos fundos de investimento. Em um cenário de juros altos, especialistas divergem sobre as melhores estratégias, mas concordam em um ponto crucial: a prudência é fundamental. A seguir, analisamos o impacto da Selic nos diferentes tipos de fundos e as recomendações de especialistas para otimizar seus investimentos.

O aumento da Selic, segundo Ângelo Belitardo, diretor de Gestão da Hike Capital, sinaliza uma postura mais conservadora do Banco Central em relação à inflação. “O impacto imediato é o aumento da atratividade dos fundos de renda fixa atrelados ao CDI, que ganham em retorno nominal”, afirma Belitardo. No entanto, ele alerta para a possível pressão sobre fundos de crédito mais sensíveis à volatilidade e risco de liquidez, enquanto fundos de ações e multimercado podem enfrentar dificuldades no curto prazo.

Apesar do cenário desafiador, Eduardo Amorim, especialista de investimentos da Manchester, enxerga oportunidades. “Os fundos de investimento, especialmente os pós-fixados, continuam oferecendo uma rentabilidade real muito atrativa já que o patamar de juros segue elevado”, explica Amorim. Ele destaca que, com a inflação acumulada em 12 meses em 5,32%, investidores conservadores podem obter retornos de até 9% acima da inflação em produtos de baixo risco, um prêmio historicamente alto.

Ambos os especialistas enfatizam a importância da diversificação. Belitardo recomenda manter uma parcela relevante em fundos de renda fixa de alta liquidez e crédito bem estruturado, enquanto Amorim sugere priorizar uma carteira diversificada tanto em tipos de fundos quanto nos prazos de resgate. “Fundos com prazos mais longos, em geral, tendem a entregar retornos maiores, principalmente entre os de renda fixa”, complementa Amorim.

Olhando para o futuro, Belitardo vislumbra a possibilidade de cortes na Selic em 2026, caso a inflação ceda e o risco fiscal seja controlado. Ele sugere que este é o momento de preparar a carteira para a retomada dos ativos de risco, aumentando gradualmente a exposição em renda variável e buscando fundos multimercado com maior exposição à Bolsa e crédito *high yield* bem selecionado, para capturar o movimento de precificação assim que o ciclo começar a virar.

Fonte: http://www.infomoney.com.br

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