O Irã elevou o tom em relação ao conflito Israel-Palestina, alertando sobre as graves implicações de um possível envolvimento dos Estados Unidos na escalada de violência. Em declarações contundentes, o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que o país não poderá manter negociações com os EUA enquanto os ataques israelenses persistirem. A declaração foi feita durante encontro de ministros da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) em Istambul.
Araghchi foi enfático ao dizer que qualquer intervenção de Washington no conflito seria “muito perigosa para todos”. O ministro também condicionou o retorno à diplomacia ao fim imediato da “agressão” israelense, demonstrando a crescente tensão nas relações internacionais em meio à crise. A posição do Irã, um importante aliado da Palestina, adiciona mais uma camada de complexidade ao já delicado cenário no Oriente Médio.
O ministro iraniano também expressou desconfiança em relação aos Estados Unidos, relembrando as negociações nucleares durante a administração Trump. “Chegamos à conclusão de que as negociações dos EUA foram, na verdade, um disfarce para o que os israelenses fizeram”, declarou Araghchi, acusando Washington de “uma traição à diplomacia”. A fala sugere que o Irã questiona a boa-fé dos EUA como mediador em futuras negociações de paz.
A viagem de Araghchi a Istambul seguiu-se a encontros com potências europeias na Suíça, indicando uma busca ativa por soluções diplomáticas para o conflito. No entanto, a firme postura do Irã, que exige o fim dos ataques israelenses como precondição para o diálogo, representa um desafio significativo para qualquer iniciativa de paz. O cenário permanece incerto, com o risco de uma escalada ainda maior da violência.
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