A Apple está no centro de uma ação coletiva movida por seus acionistas, que a acusam de inflar as expectativas em torno da integração de inteligência artificial (IA) na Siri, sua assistente de voz. Segundo os investidores, a gigante da tecnologia não cumpriu as promessas feitas, o que impactou negativamente as vendas do iPhone e, consequentemente, o valor de suas ações.
Liderados por Eric Tucker, os acionistas alegam que a Apple os induziu a acreditar que a IA seria um diferencial fundamental no lançamento do iPhone 16. No entanto, a empresa não teria apresentado um protótipo funcional que demonstrasse as capacidades da Siri impulsionada por IA. A insatisfação se intensificou após o anúncio, em março, do adiamento de atualizações importantes da assistente para 2026.
A situação se deteriorou ainda mais durante a Conferência Mundial de Desenvolvedores (WWDC). Analistas consideraram que a avaliação da Apple sobre seu progresso em IA ficou aquém das expectativas do mercado. Essa percepção negativa contribuiu para a desvalorização das ações da empresa, que já perderam quase 25% de seu valor desde o pico histórico registrado em dezembro de 2024.
Como consequência dessa queda acentuada, o valor de mercado da Apple encolheu em aproximadamente US$ 900 bilhões. A ação coletiva reflete a crescente frustração dos acionistas, que acusam a empresa de falta de transparência e de não cumprir as promessas de inovação. A expectativa é que o processo revele o impacto real das declarações da Apple no mercado financeiro.
“Acreditávamos que a IA seria um divisor de águas para a Apple, mas fomos enganados”, declarou um dos acionistas, sob condição de anonimato. A Apple ainda não se manifestou oficialmente sobre o processo, mas a disputa judicial promete acirrar o debate sobre a responsabilidade das empresas de tecnologia em relação às promessas de inovação.
Fonte: http://jovempan.com.br