Em meio a crescentes tensões geopolíticas, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um alerta severo neste domingo, orientando os cidadãos americanos que se encontram no Irã a se prepararem para buscar abrigo no local por extensos períodos. A medida surge após relatos de ataques a instalações nucleares iranianas, aumentando a apreensão em relação à segurança na região.
O governo americano, em uma orientação atualizada, reiterou que não tem planos de oferecer assistência direta para a saída de seus cidadãos do Irã. “Cidadãos americanos que buscam sair devem aproveitar os meios existentes para deixar o Irã”, declarou o departamento, sinalizando uma postura de autossuficiência em um momento de crise.
Diante da ausência de representação diplomática dos EUA no Irã, a Suíça, que tradicionalmente auxilia cidadãos americanos no país, suspendeu as operações de seu escritório de proteção até novo aviso. Essa interrupção agrava ainda mais a situação para os americanos que buscam assistência consular.
Para tentar mitigar a falta de suporte direto, o Departamento de Estado abriu um formulário de admissão em caso de crise para cidadãos americanos no Irã. “No entanto, devido às limitações do apoio consular no Irã, não prevemos oferecer assistência direta do governo americano para saída do Irã”, reafirma a orientação. A medida visa coletar informações e fornecer algum tipo de apoio, embora limitado, em meio à crise.
O governo americano também fez um alerta específico para cidadãos com dupla nacionalidade (EUA e Irã). Eles devem sair do Irã com passaportes iranianos, estando preparados para enfrentar pontos de controle e interrogatórios das autoridades iranianas antes de partirem do país. A orientação ressalta que “o governo iraniano não reconhece a dupla nacionalidade e tratará cidadãos com dupla nacionalidade, EUA e Irã, somente como cidadãos iranianos”.
A CNN noticiou na sexta-feira que centenas de americanos já deixaram o Irã devido ao aumento do conflito com Israel, segundo relatório interno do Departamento de Estado. A situação permanece fluida e o Departamento de Estado continua a monitorar os acontecimentos, aconselhando os cidadãos a permanecerem vigilantes e informados.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br