Em resposta aos recentes ataques a instalações nucleares iranianas, o parlamento do Irã solicitou o fechamento do estratégico Estreito de Ormuz, um ponto de estrangulamento vital para o trânsito global de petróleo. A medida, ainda pendente de aprovação pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional, eleva as tensões na região e acende o alerta sobre possíveis impactos na economia mundial. O estreito é responsável por cerca de 20% do tráfego marítimo de petróleo do mundo.
De acordo com o general Esmaeil Kousari, membro do Comitê de Segurança do Parlamento, a câmara alcançou um consenso sobre o bloqueio. No entanto, a abrangência da decisão ainda não está clara, restando saber se foi uma deliberação de todo o parlamento ou apenas do comitê. A incerteza aumenta a apreensão sobre os próximos passos do governo iraniano.
O Estreito de Ormuz, com seus 33 km de largura e canais de navegação estreitos, conecta o Golfo Pérsico ao Golfo de Omã e ao Mar da Arábia. Sua importância estratégica é inegável, com um tráfego diário estimado entre 17,8 e 20,8 milhões de barris de petróleo bruto, de acordo com dados recentes. Dada essa relevância, qualquer interrupção no fluxo de petróleo pelo estreito teria consequências globais.
O preço do petróleo já vinha registrando alta desde a última sexta-feira (20), com um salto de 8%. O barril de Brent, referência global, subiu 13,5%, enquanto o WTI, referência nos Estados Unidos, teve um aumento de 10,9%. A escalada dos conflitos entre Israel e Irã, juntamente com a ameaça de bloqueio do Estreito de Ormuz, agrava ainda mais a situação.
Em meio à escalada de tensões, os Estados Unidos, através da sua 5ª Frota da Marinha baseada no Bahrein, são os responsáveis por proteger a navegação comercial no Estreito de Ormuz. A região tem sido palco de ataques diários com mísseis e drones entre Israel e Irã, intensificando o clima de instabilidade no Oriente Médio.
Fonte: http://jovempan.com.br
