Em meio a alegações contrastantes, autoridades iranianas buscam minimizar o impacto de recentes ataques a suas instalações nucleares, incluindo a instalação subterrânea de Fordow. A reação surge após o presidente americano Donald Trump ter afirmado que os ataques “obliteraram” os alvos. A disparidade entre as declarações levanta questões sobre a extensão real dos danos.
Manan Raeisi, parlamentar iraniano representante de Qom, cidade próxima a Fordow, declarou que o ataque foi “bastante superficial” e não causou danos significativos à instalação. “Com base em informações precisas, posso afirmar que, ao contrário das alegações do presidente em exercício dos Estados Unidos, a instalação nuclear de Fordow não foi seriamente danificada,” afirmou Raeisi, segundo a agência de notícias Fars.
Raeisi também assegurou que quaisquer componentes que pudessem representar um risco à segurança pública foram previamente removidos, e que não foi detectada radiação nuclear. O parlamentar ainda acrescentou que não houve relatos de vítimas em Fordow. Adicionalmente, um correspondente da Fars relatou ter testemunhado o acionamento das defesas aéreas e um breve incêndio nas proximidades da instalação.
A mídia estatal iraniana, por meio da Press TV, alegou que apenas os túneis de entrada e saída de Fordow foram danificados, sem apresentar evidências concretas. Os ataques, segundo relatos, também atingiram as instalações nucleares de Natanz e Isfahan. Em contraste, Trump descreveu os ataques como um “sucesso militar espetacular”, alegando a “completa e total destruição” dos três locais.
Diante da situação, Raeisi classificou o ataque como “uma entrada direta dos Estados Unidos nesta guerra” e indicou que o Irã definirá sua resposta a este “ato descarado de tolice”. A escalada retórica e a divergência nas avaliações dos danos aumentam a tensão na região e o receio de novas retaliações.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
