A disparidade no número de fatalidades entre os ataques de Israel e os lançamentos de mísseis contra seu território levanta questões cruciais sobre a tecnologia bélica empregada e a eficácia dos sistemas de defesa de ambos os lados. Um especialista detalha os investimentos e estratégias que contribuem para essa diferença.
André Lajst, cientista político e presidente-executivo da Stand with Us Brasil, abordou o tema em um vídeo divulgado nas redes sociais. Ele esclarece que, ao contrário do que alguns podem pensar, Israel também sofre perdas humanas em decorrência dos conflitos.
“Morreram já dezenas de pessoas desde o início da guerra contra o Hamas, já morreram dezenas de pessoas desde o início da guerra entre Irã e Israel”, enfatiza Lajst. Ele destaca que os mísseis causam destruição, mutilação e deixam vítimas órfãs, atingindo indistintamente judeus, árabes, cristãos, palestinos e israelenses.
O principal fator para a redução de vítimas em Israel, segundo o especialista, reside no investimento massivo em sistemas de defesa e proteção civil. “Israel valoriza a vida”, afirma Lajst, explicando que bilhões de dólares são direcionados para um sistema abrangente de alerta e defesa.
Esse sistema inclui alarmes, defesa civil, mensagens de texto e alertas de celular que ignoram o modo silencioso. Além disso, construções recentes em Israel incorporam um cômodo fortificado, conhecido como “Miklat”, projetado para proteger os moradores durante ataques. Segundo Lajst, “É um quarto fortificado que, no momento de uma sirene, a família é orientada a entrar nesse quarto, fechar a porta, a porta é blindada, e esse concreto é extremamente mais fortificado do que qualquer outra parede na casa.”
Lajst também aponta para a diferença nas estratégias de ataque. “Enquanto que o Irã joga mísseis balísticos ao léu, mirando em civis, Israel está mirando em alvos militares dentro do Irã.” Ele ainda afirma que Israel toma medidas para minimizar danos à população civil, mesmo do lado inimigo.
O cientista político conclui que, para o regime iraniano e grupos como o Hamas, a tragédia de civis serve como ferramenta política. “Assim como o Hamas em Gaza, quanto mais aumentar o número de civis mortos, melhor para sua narrativa”, finaliza Lajst.
Fonte: http://revistaoeste.com