A partir desta terça-feira, 24 de junho, os consumidores da Companhia Paranaense de Energia (Copel-Dis) sentirão o impacto do reajuste tarifário anual, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A mudança afetará cerca de 5,23 milhões de unidades consumidoras em todo o Paraná, exigindo atenção redobrada às próximas faturas.
Os novos valores variam conforme a classe de consumo. Residências (B1) terão um aumento de 1,25%, enquanto a baixa tensão terá um efeito médio de 1,55%. Já a alta tensão, utilizada principalmente por indústrias, registrará um reajuste médio de 2,99%. No geral, o impacto médio para o consumidor será de 2,02%.
Segundo a Aneel, o reajuste considera os custos de aquisição e distribuição de energia, encargos setoriais e a retirada de componentes financeiros de processos tarifários anteriores. Diferentemente da revisão tarifária periódica, que ocorre em intervalos maiores com análises aprofundadas, o reajuste anual é um processo mais simplificado que reflete a dinâmica do setor.
A Copel informou que o reajuste médio para clientes residenciais e de baixa tensão será de 1,55%, enquanto o reajuste médio geral será de 2%. Em nota, a empresa destacou que “a decisão da Aneel fica abaixo da inflação verificada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA – que variou 5,32% ao longo dos últimos 12 meses.”
A companhia também ressaltou a devolução de aproximadamente R$ 864,5 milhões aos clientes, provenientes de uma medida judicial que garantiu a restituição de valores cobrados pelo governo federal na PIS/Cofins. Essa devolução é resultado da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, aliviando um pouco o impacto do reajuste.
A Aneel enfatizou o peso dos encargos setoriais no reajuste, afirmando que, sem eles, a variação nos valores teria sido negativa. Esses encargos são utilizados para financiar políticas públicas e subsídios no setor elétrico, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que visa expandir o acesso à energia em áreas remotas e subsidiar tarifas para consumidores de baixa renda, rurais e com geração distribuída.
Fonte: http://cbncuritiba.com.br