segunda-feira, junho 23, 2025

Quando a máquina compõe: a nova era da música com Inteligência Artificial

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A música, linguagem universal por excelência, entrou numa nova dimensão em 2025: convivendo com composições criadas por inteligência artificial (IA). O resultado? Uma fusão fascinante — mas também desafiadora — entre humanidade e tecnologia.

O que está acontecendo?

Plataformas como BandLab, Suno, Udio e Riffusion permitem a qualquer pessoa gerar trilhas musicais com apenas alguns cliques — basta digitar um prompt, escolher gênero, ritmo e clima.
Essa facilidade tem um ponto caro: já representa até 20% dos uploads diários no Deezer.

Riqueza ou risco?

Os defensores da IA na música celebram a democratização criativa:
Novatos podem produzir arranjos, masterizar faixas e lançar material com pouco investimento
Artistas experientes, como Imogen Heap e Bjorn Ulvaeus (do Abba), usam IA como “parceira” criativa — seja para destravar bloqueios, personalizar melodias ou abrir novas vozes sonoras.
Mas nem tudo são aplausos:A humanidade por trás da música — a “alma” e a imperfeição que tocam o coração — tende a ser superior mesmo quando ouvida sem saber sua origem
Há riscos de fraudes: robôs criando sucessos só para inflar streamings, distorcer rankings e faturar indevidamente

E os direitos autorais?

A batalha jurídica é intensa:
A IA pode “ouvir” músicas pré-existentes para aprender estilo, mas isso levanta dúvidas sobre propriedade intelectual e compensações.
Soluções estão surgindo: protocolos como “Do Not Train” protegem artistas que não querem que seus trabalhos alimentem modelos de IA
Além disso, plataformas como Deezer começaram a marcar músicas criadas por IA — e até negar royalties, caso estejam associadas a fraudes.

O futuro que se desenha

Em 2025, o que se destaca é a busca por equilíbrio. Três correntes estão em disputa:
Curadoria humana: DJs, influenciadores e especialistas explicam o que faz uma música soar “com alma”.
Colaboração híbrida: músicos trabalham lado a lado com algoritmos, criando novos estilos e formatos como remixes automáticos ou shows com inteligência co‑criativa.
Valorização do artesanal: se o mercado for inundado de músicas produzidas por IA, as obras humanas podem se tornar relíquias — com mais valor cultural e emocional.
Por que isso interessa a você?
Como ouvinte, é útil entender se aquela batida tão boa veio de uma linha de código ou do talento de alguém de Curitiba.Como artista ou produtor, a IA abre portas — mas também exige atenção a direitos autorais, transparência e identidade sonora.
Como leitor econômico e cultural, este é um mercado bilionário em disputa: a CISAC estima que entre 2025 e 2028 a IA capturará até R$ 120 bilhões em receitas globais

Em resumo

IA na música pode ser uma aliada poderosa — democratizando, acelerando, remixando —, mas exige responsabilidade. Ouvir com atenção, proteger quem cria com alma e manter o humano como protagonista será crucial para que essa nova sinfonia digital seja harmoniosa.
Se você é músico ou fã, vale a pena seguir o que plataformas e entidades como a CISAC, Sound Ethics e o Fórum de Ética Digital estão debatendo. O futuro da música está se escrevendo agora — e Curitiba também tem voz nessa orquestra.

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