A saga de Juliana Marins, a jovem brasileira de 24 anos, continua a mobilizar esforços de resgate na Indonésia. Há mais de 72 horas, ela permanece desaparecida após um acidente durante uma trilha no vulcão Rinjani, um incidente que tem deixado sua família em estado de apreensão. A situação é considerada crítica, e cada momento que passa aumenta a urgência das buscas.
Juliana teria tropeçado e caído a cerca de 300 metros da trilha, um acidente que a deixou com mobilidade limitada aos braços e à visão. Familiares relatam que ela está “escorregando” montanha abaixo, agravando ainda mais a situação. O Parque Nacional do Monte Rinjani informou ter avistado a brasileira a aproximadamente 500 metros de um penhasco, aparentemente imóvel, com o auxílio de um drone.
No entanto, a família contesta a informação de que Juliana permanece no mesmo local, insistindo que ela continua a se deslocar. Segundo atualizações da página de busca da família, as equipes de resgate desceram 400 metros, mas estimam que Juliana esteja a cerca de 650 metros de distância, uma distância ainda maior do que a inicialmente calculada. A busca contra o tempo se intensifica.
As operações de resgate foram retomadas nesta terça-feira (24), após diversas interrupções devido às condições climáticas adversas na região do vulcão Rinjani. A área apresenta desafios significativos, com terreno íngreme, neblina densa que compromete a visibilidade e pedras escorregadias devido ao sereno. Tais obstáculos dificultam o acesso e o progresso das equipes de busca.
Informações iniciais sobre a localização de Juliana e a entrega de suprimentos foram desmentidas por sua irmã, Mariana Marins, que classificou vídeos que circulavam como “forjados”. Uma furadeira foi posicionada para auxiliar na escalada da montanha, como parte de um plano B para as ações de resgate. O Itamaraty está em contato com as autoridades indonésias, buscando reforços para a operação.
Diante dos desafios, a família clama pelo envio de um helicóptero, considerando-o a “última esperança” para o resgate. A impossibilidade de utilizar a aeronave devido às condições climáticas foi confirmada no fim da noite desta segunda-feira. A família vê a situação como uma “corrida contra o tempo para salvar Juliana”.
Juliana Marins, natural de Niterói (RJ) e dançarina profissional de pole dance, estava realizando um mochilão pela Ásia desde fevereiro. “Estava vivendo um sonho de viajar pela Ásia”, disse uma amiga, refletindo o espírito aventureiro da jovem. O pai de Juliana, Manoel Marins Filho, enfrenta dificuldades para chegar à Indonésia, devido ao fechamento do espaço aéreo do Catar em decorrência de conflitos na região.
Fonte: http://www.cnnbrasil.com.br
